domingo, 15 de agosto de 2010

MULHER GIGANTE- * - MARIA ISLAIR DUARTE LAGES- *





Ás vezes desperto em noite alta,
Sentindo tanto, tanto a tua falta.
Querendo o teu aconchego, o teu abrigo,
E te juro que feliz novamente eu suportaria,
Puxões de orelhas, vara de marmelo, mil castigos,
Quando tentavas dominar a minha teimosia.
Derramando em lágrimas minhas emoções,
No silêncio das minhas orações.
Eu te presto uma homenagem a cada dia,
Ao retornar a nossa casa antiga,
Com a alma convulsa e o olhar sombrio,


Por não ver mais tua presença amiga,
Ora agitada ora tão mansa.
Pois teu trono de rainha está vazio.
Ao sobressalto minha alma se agita,
E me transformo naquela frágil criança,
Junto a ti minha mãe, mulher gigante tão bonita.
Estendo os braços e meu abraço não te alcança,
Pois nos separa a muralha eternidade.
Eu só te encontro numa nuvem de lembranças,
Envolta no branco véu de uma saudade.


MARIA ISLAIR DUARTE LAGES
CASA DO POETA BRASILEIRO-CASSINO-RIO GRANDE
GRUPO DE POETAS LIVRES GIRASSOL.




 

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